terça-feira, 27 de outubro de 2009

João do Rio

Como pode um autor como Paulo Barreto, mesmo sob o pseudônimo de João do Rio, ter caído no esquecimento, sendo que este autor retrata tão bem uma época e um lugar? Com escrita desembaraçada e temas que vão do grotesco ao curioso, buscando sempre o extraordinário no cotidiano, ele é o reflexo do Rio de Janeiro do início do século.
A resenha do início do livro, escrita por Helena Parente Cunha, dá conta do autor como sendo dono de uma personalidade literária ardente e controvertida, que teve em vida inimigos e incondicionais admiradores, chegando a obter consagração não comum a escritores vivos no Brasil.

Depois de sua morte, caiu no esquecimento, e até hoje não temos a publicação de suas obras completas. Este seria um projeto ao qual eu gostaria muito de me dedicar junto com uma editora comercial. A única edição que encontrei, e por acaso, foi esta com os melhores contos, da Global Editora de São Paulo. Estava em um balaio da livraria Fnac por R$ 2,99 e eu o resgatei.

Então, como um escritor desse porte pode ter caído no esquecimento? A resposta é fácil de dar mas não é fácil de aceitar: nós estamos no Brasil.

Conheça mais sobre o autor no Wikipedia.

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