terça-feira, 27 de outubro de 2009

100 anos de Carmen Miranda

No último dia 25 de outubro, domingo passado, assisti no palco do Theatro São Pedro, templo maior da arte e da cultura de Porto Alegre, ao show ALÔ... ALÔ? 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA, com Roberta Sá e Pedro Luís.

Carmen foi em seu tempo um fenômeno que inspirou a música, a moda, o cinema. Ela inventou uma forma de dançar, uma estética, uma postura, roupas, chapéus.

Nunca ninguém foi igual a ela e nunca será. O que ela fez nas décadas de 30 a 50, só pode ser comparado, talvez, ao que Michael Jackson fez nos tempos atuais. Ele também inventou um estilo de roupas, de dança, de música.

Carmen Miranda foi o Michael Jackson da primeira metade do século.

Eu, que já era fã de Carmen Miranda, até porque amo o samba de raiz e amo as mulheres lindas, fui presenteado também com a inesperada palestra do historiador José Antonio Nonato, que fazia parte do espetáculo. Fiquei sabendo, por exemplo, que a nossa estrela era tão brasileira que tinha um olho verde e um amarelo – apesar de ter nascido em Portugal. Estes olhos bicolores são muito raros e também um sinal de beleza para diversas culturas.

A história de vida de Carmen e as histórias das músicas são tão fascinantes quanto a história da diva.


Mas o que mais me impressionou foi a presença de Roberta Sá. Ela tem uma voz que parece um sopro de cristal. Um som límpido que ela segura em suas mãos com delicadeza e oferece aos nossos ouvidos. Entrou no palco com um pequeno turbante, errou, repetiu e encantou a todos. Até o erro que cometeu foi com o máximo de classe e segurança no palco, e ninguém teria percebido se ela mesma não tivesse feito questão de cantar a música novamente, desde o início, para honrar o palco do teatro.

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